sexta-feira, 16 de maio de 2008

TURISMO E CULTURA - UM DIVÓRCIO PREJUDICIAL À CIDADE

Não há como entender, que mesmo depois da duplicação da Av. Cícero Toledo, os ônibus de turismo passem, feito bala perdida, sem permitir que o visitante, pelo menos olhe para Jaraguá ou qualquer outro ponto cultural da cidade. Não é possível, que nem nos dias chuvosos, o hall dos hotéis sejam mais atraentes que a nossa cidade. Não há como explicar que a foz do São Francisco seja mais interessante do que a velha Penedo.

É inegável a existência de um “Corredor Cultural”, iniciando na Av. Antônio Gouveia, no Memorial Teotônio Vilela, passando pelo Museu Chalita de Arte Brasileira, pela futura Casa do Patrimônio, sede do IPHAN Alagoas, Museu da Imagem do Som, Associação Comercial de Maceió, Fundação Teotônio Vilela, Secretaria Municipal de Cultura, Memorial da república, Museu Théo Brandão, Memorial Pontes de Miranda, Casa Jorge de Lima, Espaço Cultural da UFAL com a Pinacoteca, Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, Casa da Palavra, Museu Palácio Floriano Peixoto e Museu de Arte da Fundação Pierre Chalita. São, exatamente, 15 instituições, apenas nesse trajeto.

È possível, que a maioria do maceioense, nem saiba da existência de todos estes equipamentos culturais, quanto mais quem vem apenas visitar a cidade. Por quê? A Secretaria de Cultura e de Turismo, seja municipal ou estadual, deveriam estar integradas para que pudessem, em conjunto, trabalhar o turismo de praia e o turismo cultural com a mesma igualdade. Só assim a cidade ganharia o destaque necessário para movimentar a máquina cultural. Mas para isso é necessário que estas atrações sejam vendidas lá fora, com os pacotes que trazem esta demanda para Alagoas.

Este “Corredor Cultural” precisa ser traçado num mapa da cidade, com elementos informativos e visuais capazes de motivar as visitas. Estes mapas, tipo folders, deveriam estar em cada balcão de hotel, pousada, agência de viagem e aeroporto. O mapa daria a direção certa para o “Corredor Cultural” e marcaria os demais pontos de cultura da cidade.

As Secretarias de Cultura, municipal e estadual, juntamente com as Secretarias de Turismo, também municipal e estadual deveriam fazer o lançamento desse material, convidando todos os guias de turismo, motoristas de táxis, agentes de viagens e o aparelho da indústria turística de Alagoas, apresentando a sua capital e até mesmo outras cidades, como Penedo, Marechal Deodoro etc. Mas seria necessário que este mapa existisse, como um instrumento para a busca destes equipamentos culturais. No entanto, isto só irá funcionar quando o setor turístico e setor cultural, das esferas estaduais e municipais, pelo menos flertarem uma relação.

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